MEA-CULPA
Acho que me passei na matéria de ontem sobre o Caxias F. C. e tenho que fazer mea-culpa com Flávio Braga, uma das amizades que mais prezo em Joinville, sobretudo por duas qualidades que ele traz de berço: caráter e transparência.
Mas nós, jornalistas, críticos de plantão, também somos produto da falibilidade humana. Erramos pela omissão, pela intuição e pela malversação. Flávio pegou o clube em estado lastimável: dívidas trabalhistas, dívidas tributárias (crescendo a taxas alarmantes), crédito zero junto a fornecedores e todo o acervo do Ernestão completamente avariado.
E o que Braga fez? Sacrificou sua atividade profissional para dar expediente de quatro horas diárias dentro do Ernestão. E lá, numa operação engenhosa, foi juntando os cacos até consertar muita coisa.
E, partindo da premissa de que clubes tradicionais do futebol brasileiro hoje estão nas mãos de agentes Fifa e que nos últimos anos perto de 15 times da divisão de elite de SC simplesmente fecharam as portas, não seria demérito o Caxias pedir socorro a algum parceiro. Mas Braga e seus pares de diretoria erraram na forma como conduziram o processo. E que fique claro: nada contra a idoneidade dos novos gestores, até porque uma agremiação com a biografia do Alvinegro não poderia voltar às competições via Terceira Divisão.
Repetindo: pelo seu histórico e com seu estádio todo revitalizado, o Caxias gozaria da prerrogativa de voltar pela Segunda Divisão.
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